Mestre Dada recebe Certficado de Honra
Mestre Herbert "Dada" Inocalla recebeu da Camara Legislativa do Distrito Federal um certificado de Honra ao Mérito pelos seus relevantes serviços prestados a população de Brasília na Praça da Harmonia Universal.
Parabéns mestre Dada!!!
3 Razões para explicar por que FMA é legal (para mulheres)
Traduzido por Renato Berlim Fonseca
(Nota do tradutor) Antes de mais nada, FMA significa Filipino Martial Arts (Artes Marciais Filipinas) dentre as quais podemos encontrar o Arnis Kali, Pekiti Tirsia, Kali Silat e outras com origem nas Filipinas. Uma de suas peculiaridades é o combate com armas brancas, inclusive para iniciantes.
Logo abaixo segue mais uma das minhas traduções descuidadas. No caso um interessante artigo de Jackie Bradbury: praticante de artes marciais, professora, mãe e autora do blog The Stick Chick. As fotos e ilustrações vieram do blog da autora.
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Eu vou a vários seminários e treino com um monte de gente, não apenas na região de Dallas-Fort Worth, mas em todo Texas e nos Estados Unidos. Não é incomum para mim ser a única mulher na sala quando estou treinando. Mesmo em seminários pode se ver apenas uma ou duas outras mulheres em uma multidão de homens.

Isso não é algo exatamente incomum no mundo das artes marciais: mulheres serem a minoria no grupo. É algo que você tem que se acostumar quando você é uma mulher que gosta de praticar a violência como um hobby. Embora seja uma dessas, eu com certeza gostaria que pudéssemos ter mais mulheres para as artes marciais filipinas, porque é tão… Assim, feito para nós, sabe?
Aqui estão algumas razões:
As armas são um grande equalizador
Na realidade, em uma situação de autodefesa, 99% das pessoas vai preferir estar armada a desarmada. Uma arma de qualquer espécie é uma grande vantagem contra alguém desarmado. E isso é especialmente verdadeiro para as mulheres em situação de autodefesa contra um homem.
Eu já estou ouvindo alguns de vocês perguntando: “Quem anda por aí armado com um pedaço de pau?” (e talvez um riso ou dois).
O bastão é um substituto para outra coisa . Pode ser um guarda-chuva, uma bengala, uma mochila ou bolsa, uma caneta, uma faca, um facão, uma barra de ferro … qualquer ferramenta, realmente.
A nossa metodologia de treinamento se presta muito bem para armas improvisadas,e a maioria de nós anda por aí com algo, qualquer coisa que pode ser usada na hora de um aperto!
A força não é o principal fator
Ser forte é, claro, sempre uma vantagem em combates ou em situações de defesa pessoal. O FMA não é diferente. Mas ser forte não é, em si, o principal fator para ser bom no FMA Timing, velocidade e precisão (mira) são. Força é útil, é claro, mas o tempo, velocidade e precisão são as coisas que as mulheres podem desenvolver tão bem quanto os homens.
Assim, no FMA as coisas ocorrem num nível mais mais igual para as mulheres.
Ser mais baixo não é necessariamente um problema
Todos concordam que, se outras coisa forem iguais, ser alto e ter um longo alcance é definitivamente uma vantagem quando se trata de situações violentas. Nenhuma discussão nesse ponto.
No entanto, no FMA aprendemos a trabalhar com o que nos é dado (e a forçar o adversário a nos da o que queremos). Isso significa que nós aprendemos quais alvos são bons para acertar, não importa quem estamos enfrentando e como nos é apresentado. Eu tenho um aaltura de cerca de um metro e cinquenta e oito centímetros. Quando treino geralmente sou um dos adultos mais baixos no local. Assim, em vez de tentar acertar a cabeça de pessoas altas, tenho aprendido a tomar o braço (mão, punho, cotovelo, sob o bíceps), o tronco (alvos demais nessa parte para listar aqui), o pescoço, parte baixa do queixo, parte interna da coxa e as pernas como alvos contra pessoas mais altas. Eu entro dentro na guarda da pessoa e então …
É bastante impressionante .
Espero que mais mulheres escolham o FMA como uma arte marcial para praticar. Porque, como você pode ver, eu acho que é bem adequado para a artista marcial feminina média.O que você pensa sobre o FMA para as mulheres? Ou que outras artes marciais são legais para as mulheres e por quê? Eu gostaria de ouvir o que você pensa!
(Outra Nota do tradutor) Lembro que essa última pergunta foi da autora, mas sinta-se à vontade para comentar por aqui ou, se preferir e souber inglês, também pode falar direto com a autora na parte de comentários do artigo original.
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Artigos
Arnis Kali: algumas facetas de sua aprendizagem
O termo “marcial” é latino e se refere ao Deus Marte, o deus da guerra. Assim, uma arte marcial, por mais que tenha o seu aspecto saudável, esportivo, espiritual e artístico também possui uma raiz guerreira, militar. Sendo assim, por mais que o treinamento seja importante o treino de luta em si não deve ser ignorado. É o momento em que se “coloca os dados e roda o sistema”, sendo possível observar o que já está aprendido e o que deve ser melhorado. A avaliação de aprendizagem é um elemento muito importante, é a validação de treinamento e dentro desse contexto uma das melhores modalidades de avaliação será a luta. O treino sem avaliação pode se tornar uma armadilha, criamos vícios que podem ser trabalhosos para limpar no futuro. E existem certos aspectos que só poderão ser observados na luta. Mirar errado é um dos erros mais comuns, as pessoas treinam para não acertar o alvo e acabam se viciando em fazer isso. Muitas vezes o erro é sutil e só será percebido numa luta. Aprendemos muito por interação e o treino de luta é muito, mas muito, interativo.

fonte: ArteFilipina.com
A luta não precisa ser necessariamente de contato total. Quanto mais próximo do real melhor, mas existe uma relação custo x benefício a ser considerada. Regras e o uso de proteções como luvas ou capacetes são úteis para fazer com que essa relação compense. Até o MMA tem limites para garantir a integridade dos atletas. E mesmo assim, muitas lutas já foram canceladas porque os atletas se feriram em treinos mais pesados. Afinal, estamos falando de um trabalho físico extremo que provoca ferimentos. Assim, o realismo exagerado é pouco prático, gente quebrada não treina mais, em algos casos de forma definitiva. O que é ainda mais válido quando se treina com armas. Eventualmente uma luta mais “leve” pode ser até mais interessante para se praticar golpes ou manobras recém aprendidos e abrir espaço para uma auto avaliação. Sem a preocupação exagerada em vencer o praticante vai perceber o que funciona e o que não funciona na hora.
Observei isso por conta própria num treino de luta um dia desses. Havia um juiz estávamos com equipamento de proteção e bastões acolchoados. O juiz acompanhava a luta o dava pontos para quem conseguisse acertar o adversário. Não que isso me alegre muito, mas após um começo empatado eu perdi e de goleada, não marquei pontos. Mas apesar desse nunca ser um resultado desejado a derrota ensina. A grande maioria dos golpes que levei foi na mão. Se fosse um combate real minha mão provavelmente seria quebrada no primeiro ou segundo golpe e eu certamente não conseguiria segurar um bastão, ou qualquer outra coisa, por um bom tempo. Depois da luta o colega que fazia o papel de juiz, um faixa marrom, me explicou que o meu erro é que eu não estava recuando o braço para bater novamente, eu havia deixado ele exposto e o meu adversário usou isso a seu favor.
Alguns dias depois, treinando com um grande amigo e antigo parceiro de kung fu. Após comentar com ele sobre o treino de luta ele observou que eu praticamente não estava usando a ponta do bastão para golpear. Geralmente eu estava batendo na metade ou mesmo próximo da base, onde estava a minha mão. Era o tipo de detalhe que eu já devia estar fazendo há tempos, especialmente nas defesas. Meu amigo, que também é fisico, comentou que batendo com a ponta do bastão o golpe certamente ficaria mais forte, haveria mais transferência de energia cinética para o alvo.
Ele também observou outra coisa: que o reflexo de se defender com as mãos é algo básico, instintivo e como a maioria dos praticantes de artes marciais atua de mãos vazias e isso molda nossos reflexos. Porém no Arnis Kali e outros estilos Filipinos usam-se armas. Treinamos com elas até que se tornem uma extensão de nosso corpo. O alcance de um indivíduo armado geralmente é bem maior que outro desarmado. Com o detalhe que é muito, mas muito complicado usar as mãos para se defender de um ataque armado. E no Arnis treinamos com armas desde o início. O resultado é que a noção de alcance do praticante de Kali começa diferente dos que treinam outras artes. As armas vão diminuindo com o passar do tempo até finalmente chegar na extensão original do braço.

Reparem que a extensão do braço esticado é quase o dobro.
Fonte: http://martialartstimes.net/baton-francais/
Dentre os efeitos dessa diferença pode-se notar que praticantes de outras artes que treinam Arnis podem a ter uma dificuldade a mais, pois estão acostumados a usar as mãos na defesa e no ataque. Sendo que esse é justamente um dos primeiros alvos a ser atingidos com o bastão ou a faca. A mão é a “cabeça da cobra” segundo o Mestre Dada. A mão atingida é uma ameaça a menos. E conversando com outros praticantes, que já praticaram karatê ou jiu-jitsu, eles também já haviam observado essa peculiaridade do Arnis Kali em comparação aos estilos desarmados.
Para evitar a velha armadilha do “minha arte é melhor que a sua” lembro que a arte ou estilo escolhido é apenas uma parte de uma complexa equação que, entre outras coisas, vai envolver: professor/ treinador, afinco no treinamento, tempo empregado para treino, equipamento e a própria afinidade física e mental do praticante. Não existe arte perfeita, existem as que funcionam.
Datu Shishir Inocalla no programa Good Morning Boss
Datu Shishir Inocalla, um dos fundadores do Arnis Maharlika, esteve no programa Good Morning Boss - um jornal-magazine exibido pela People's Television Network, canal 4 das Filipinas.
Em sua entrevista o Datu contou sobre o trabalho para divulgação do Arnis, relações com o Brasil, seu centro de turismo marcial em Camarines Norte e ainda convidou o apresentador Aljo Bendijo para uma aula ao vivo.
Imperdível! O trecho está disponível no youtube: