Desde os tempos de criança eu ficava maravilhado com episódios de um filme marcial que passava todos os domingos depois do Programa da rede Globo (Fantástico) que era o "Faixa- Preta", então sonhava em quando adulto poder usar um kimono e ter uma Faixa- Preta. Então conheci um professor de Karatê e comecei meu treinamento ainda criança, mas infelizmente esse professor teve que ir embora da cidade que morava "Caucaia"-CE, e fiquei sem opção para dar continuidade a trajetória da sonhada Faixa Preta, já que nesta cidade não tínhamos professores de artes marciais e nem meus pais tinham dinheiro para me encaminhar para a capital Fortaleza.
Foi no ano de 1997 que entrei para os quadros da Polícia Militar do Ceará e em 2005 conheci o Hapkido UYK, no 5° Batalhão em que eu trabalhei. As aulas eram ministradas pelo Mestre Paulo Sartori, que tinha vindo do Rio Grande do Sul morar em Fortaleza, daí então comecei meu treinamento e conquistei a sonhada Faixa preta.
2- Sobre a FMA, como você conheceu esta modalidade? Como você começou e o que despertou seu interesse?
Fiquei sabendo da vinda do mestre Herbert "Dada" e seu irmão Shishir Inocalla para ministrar um seminário em Fortaleza- CE em Julho de 2016. Participei desse evento e vi nas Artes Marciais Filipinas um potencial a mais para acrescentar em meu treinamento, já que tem como principal característica o uso de bastões e facas.
Então me interessei por treinar e fazer parte dessa seleta Arte Marcial e viajei para Porto Alegre em outubro de 2016, sendo muito bem recebido pelo Mestre Alessandro Lucas. Na ocasião conversamos sobre quais critérios para ser um instrutor em formação e inicie meu treinamento. De Porto Alegre eu viajei até Gramado/ Canela e por indicação do Mestre Alessandro Lucas fiquei aos cuidados do Guro Djavan que me deu todo apoio necessário. Sai maravilhado com o treinamento que me foi passado e retornei à minha terra Fortaleza-CE. Hoje continuo meu treinamento ao mesmo tempo em que ministro aulas de Arnis Kali.
3- O que você pensa sobre a integração do FMA com as demais modalidades que você pratica?
As modalidade marciais que já pratiquei e pratico no início são com mãos vazias. Já o FMA tem ênfase no treino de luta com armas (principalmente o uso do bastão e faca, além de armas improvisadas). As técnicas são simples e diretas para a autodefesa, integrando e complementando com arte marcial no qual já treino.
4- O seu trabalho já foi tema em alguns jornais e publicações locais. Como foi a recepção da população das cidades onde você leciona ao FMA?
Sim estou na fase de conclusão de um projeto social para uma fundação, colégio da Polícia militar e Corpo de Bombeiros do Ceará. Além disso tive a oportunidade de ministrar aulas de Arnis na academia de segurança Pública do Ceará para uma turma de formação de oficias da PM.
5- Qual é a sua visão da FMA hoje no mundo?
Percebo que o Arnis Kali hoje no mundo está se expandido, graças ao trabalho de organizações como a International Arnis Kali Association e a popularidade e influência do cinema americano. Esse sucesso se deve ao fato de ser uma arte marcial direta e eficiente, que agrega ao treinamento de diversas idades e portes físicos, no combate com armas e mãos vazias. Além disso o Arnis Kali não trabalha apenas com o desenvolvimento físico, mas também mental e espiritual.
6- Qual a sua opinião sobre a relação entre as FMA e a defesa pessoal?
FMA e defesa pessoal estão ligadas pelo simples fato de possuírem um conjunto de técnicas e condutas inteligentes de segurança pessoal. O treinamento em Arnis vai proporcionar ao agente o conhecimento de como agir e reagir, resolvendo o problema melhor maneira possível e uso proporcional da ameaça detectada.
7- Muito obrigado pelas suas respostas! Gostaria de deixar uma mensagem para os nossos leitores
Quero agradecer ao nosso Guro Tales de Azevedo, pelo convite a entrevista, e declarar minha gratidão aos leitores pela paciência da leitura. Espero que as minhas humildes respostas inspirem mais ainda pessoas que fazem parte da equipe International Arnis Kali Association e trabalham para dar credibilidade e visibilidade aos que ainda não conhecem ainda o FMA. Viva a vida longa, Mabuhay!
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